Esta é a forma albina da Phalaenopsis cornu-cervi, e acho que é mesmo a minha preferida dentro da espécie (se bem que a concorrência seja forte...)! A flor parece de cera, muito brilhante e translúcida, e o contraste do branco muito leitoso do labelo é demais... um conjunto realmente bonito. A flor é ainda mais bonita ao vivo que nas fotos, ao contrário da norma.
Esta variedade foi descrita em 1990 a partir de exemplares descobertos em Sumatra, Indonésia. A forma tipo é originária do nordeste da Índia e Ilhas Nicobar até Java e Bornéu, de zonas desde o nível do mar até 800 m de altitude. São-lhe reconhecidas umas quantas variedades - incluindo umas com flores todas vermelhas ou quase, que são também impressionantes.
Reputadamente (e confirmadamente, pelo que pude verificar nos cerca de dois anos em que a tenho) é uma espécie pouco problemática, desde que se tenha em consideração dois factores que diferem um pouco do cultivo normal para o género: é essencial que a drenagem seja excelente, pois as exigências de água dela são ligeiramente inferiores à média (a minha está num vaso de barro para aumentar a evaporação e a aeração das raízes, rego-a apenas quando o substrato está seco à superfície, reduzindo ainda mais no inverno), e no local onde a tenho recebe um pouco de luz directa ao fim da tarde durante o ano inteiro, mais no inverno. O substrato é uma mistura de esfagno vivo, leca e casca de pinheiro grossa, e as raízes aéreas são borrifadas diariamente no verão, com adubações ligeiras duas vezes por mês.
A haste floral achatada na ponta é uma característica desta espécie - dá-lhe um ar muito engraçado, meia patuda eheh - e as raízes são bastante grossas para uma planta não muito grande e de folhas magrinhas. Ela tem uma segunda haste mais atrasada, depois quando estiverem as duas com flor eu actualizo as fotos.