sexta-feira, agosto 31, 2007

Adenoncos cf. vesiculosa














A identificação é minha, a planta foi comprada como Microsaccus griffithii. Parece-me não haver muitas dúvidas quanto ao género ser Adenoncos e não Microsaccus, mas quanto à espécie as coisas tornam-se mais complicadas: as fotos da A. vesiculosa que aparecem na net mostram duas plantas diferentes... a única descrição que encontro é esta, e por azar a flor não coincide com a minha (identifiquei-a aqui).

Todas as espécies deste género se encontram nas florestas tropicais do sudoeste da Ásia, da Malásia até à Papua Nova Guiné. A minha chegou no início da primavera e eu mantive-a como veio, num vaso de plástico com fibra de coco, que mantenho sempre ligeiramente húmida. Tem boa luz o dia todo, com cerca de duas horas de exposição directa a meio da tarde.
Não é propriamente uma orquídea de cair para o lado, mas é curiosa - principalmente por ser tão pequenina, as flores medem apenas 0,2 cm!

quinta-feira, agosto 23, 2007

Phalaenopsis javanica

Esta pequena começou a fazer a haste no inverno, mas abortou dois ou três botões até a temperatura começar a subir. A primeira flor a vingar abriu no meio de Abril, e a floração continuou até há cerca de um mês, altura em que ela começou a desenvolver raízes e uma folha nova. Mas afinal parece que ainda tinha mais qualquer coisa na manga para mostrar eheh, e retomou a floração agora.


Foi descoberta em 1914, descrita em 1918. Originária, como o nome indica, da ilha de Java na Indonésia, precisa de temperaturas altas (20-30º) o ano inteiro, com uma redução acentuada das regas no inverno. A minha está num vaso transparente com esfagno, e parece dar-se mesmo bem com ele. Mas tenho andado a pensar se não a monto por causa do hábito chato que ela tem de enterrar as hastes no substrato... e as flores também se verão melhor. Talvez para o ano o faça.

Quando abre tem um perfume não muito intenso mas claramente perceptível, ligeiramente frutado e a lembrar madressilvas. Mas quando a flor começa a envelhecer, começa a cheirar a... coentros! eheh

Phalaenopsis violacea fma. alba

Um update, agora com três flores abertas. Com o perfume dela, da bellina e do Cym. Golden Elf, a minha sala está um paraíso para o nariz!

terça-feira, agosto 21, 2007

Cymbidium Golden Elf











Híbrido registado em 1978 (está aqui a árvore genealógica), resulta do cruzamento de um híbrido complexo de flores brancas com o Cymbidium ensifolium. Desta espécie herdou a tolerância a temperaturas mais elevadas, a forma das flores e um perfume delicioso a citrinos - que neste momento me enche a sala toda! Mas como não pode ser tudo bom... também herdou a pouca duração das flores, que não aguentam muito mais que uma semana.

Adoro a exuberância sóbria desta orquídea. As folhas compridas de um verde médio contrastam com o amarelo luminoso das flores grandes e muito bem desenhadas, num conjunto muito plástico (caso não tenha dado para perceber, é mais uma das minhas orquídeas favoritas! Aliás, também gosto muito deste género, pena que as plantas ocupem tanto espaço...).
Cultivado em vaso de barro com substrato standard para orquídeas.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Phalaenopsis bellina

Se eu tivesse que escolher só uma phal para ter... bem, ia ser mesmo muito difícil eheh, mas acho que a bellina ganhava. Não há nada nela que não seja irrepreensível: as flores enchem o olho pela forma harmoniosa e coloração marcante, e o perfume não podia ser melhor, floral com um toque de citrinos na dose certa, intenso sem ser enjoativo; as folhas são reluzentes e redondinhas, eu diria voluptuosas até; e as raízes, prateadas e verdes, compõem o conjunto na perfeição. Acho mesmo que todos os orquidófilos 'precisam' de uma destas...

Originária das florestas tropicais da Malásia e Sarawak, onde cresce como epífita abaixo dos 200 m de altitude, foi descrita em 1884 como uma forma da Phal. violacea - e separada dela em 1995 com base em diferenças morfológicas (para além de ligeiras diferenças no formato, as flores da bellina são maiores com o fundo branco esverdeado, e a planta tem folhas mais largas e mais arredondadas) e diferenças na composição do perfume das flores, o que sugere a existência de diferentes polinizadores para cada uma das espécies.

Tenho-a num vaso de barro baixo e largo porque ela já está pesadita - tem em média 4-5 folhas largas permanentemente, e continua a crescer. O substrato é uma mistura de esfagno e leca, e é mantido ligeiramente húmido nesta altura do ano, um pouco mais seco no inverno. Recebe boa luz indirecta e adubações ligeiras duas vezes por mês. Adaptou-se bastante bem ao nosso clima, apesar de passar invernos mais frios do que deveria - o ideal seria temperaturas acima dos 20ºC, mas já cá passou três invernos com temperaturas 2-4ºC abaixo disso sem se ressentir muito, apenas pára de crescer.
Gostava que pudessem sentir este perfume, é delicioso! E a flor é uma perfeição...










domingo, agosto 12, 2007

Laeliocattleya Mini Purple var. coerulea

Híbrido primário (Laelia pumila x Cattleya walkeriana) registado em 1965, cruzamento feito com as formas cerúleas dos progenitores.

É uma planta resistente, cresce bem e floresce mais que uma vez ao ano. Não tem sido muito mimada cá em casa - aliás, vou passá-la para lava quando acabar de florir, já devia ter sido mudada há um tempo. Provavelmente por isso a forma das flores é fraquinha... mas a cor continua linda, limpa e fria. Se tivesse mais espaço acho que também me virava para as orquídeas azuis...

sábado, agosto 11, 2007

Lepanthes calodictyon











Mais uma mini-mini de folhas bonitas - são mesmo uma perdição, estas coisinhas! e por sorte esta também gosta de calorzinho, por isso está a dar-se bem por aqui (espero bem que continue assim, é uma das minhas preferidas eheh)

Foi descrita em 1861 e vem das florestas húmidas do oeste da Colômbia e Equador, de altitudes entre os 450 e os 1500m. É frequente encontrar a Lepanthes tentaculata a crescer próximo dela; em comparação com essa espécie a calodictyon é mais pequena de folhas (1,8 cm) e de flores (0,2-0,3 cm), mas curiosamente, como tem cores mais fortes, é mais fácil de fotografar. Cá em casa também estão juntinhas, tenho-as numa caixa (sem tampa) com esfagno no fundo, nunca as deixo secar nem apanhar luz directa, apenas boa luz indirecta. A humidade raramente baixa dos 70%.
Esta lindinha já está em flor há mais de cinco meses! Pena que as florzinhas não durem mais que um dia. Depois de abrir a primeira flor ainda no inverno ela começou a fazer folhas, e neste momento tem duas novas frentes de crescimento. Estou a esfregar as mãos eheh, esta é uma das espécies que foi logo para o topo da lista de desejadas quando vi uma foto dela pela primeira vez...

Phalaenopsis violacea fma. alba




















Está visto que é época alta de phals aqui no pedaço eheh

A forma albina da Phalaenopsis violacea foi descrita em 1862 como proveniente de Palembang, Sumatra (mas não é considerada válida na checklist dos Kew, aliás todas as variedades desta espécie aparecem como sinónimos).
Apesar de as formas albinas serem por norma mais difíceis de cultivar que as coloridas, esta é concerteza uma das excepções. Esta planta chegou cá há um ano e vinha bastante maltratada, tendo perdido a folha central durante o transporte. Apesar disso, ainda conseguiu dar duas flores no verão passado, e este ano está com duas hastes e um rebento basal - é concerteza uma lutadora.
Adoro as flores desta espécie, quase carnudas e lindas de forma, com as pontinhas bem aguçadas... e ainda têm um perfume fantástico como bónus!













quarta-feira, agosto 08, 2007

Phalaenopsis deliciosa






















O nome desta pequenita não podia ser mais apropriado: ela é mesmo uma delícia, tanto de folhas como de flores. Até as raízes são bonitas, todas prateadas!
É mais uma espécie que passou de Kingidium para Phalaenopsis na revisão do género feita por Christenson em 2001. A sua área de distribuição vai do Sri Lanka e Índia até às Filipinas e Sulawesi, passando pelo Bornéu e Tailândia. Com uma distribuição tão vasta, a variação dentro da espécie é significativa (e a lista de nomes que já teve também...), mas de uma maneira geral apenas uma subespécie é reconhecida, a subsp. hookeriana, que tem as flores amareladas em vez de brancas e é encontrada apenas no nordeste da Índia e centro sul da China.


As condições são as normais para as Phalaenopsis: boa luz indirecta, humidade alta, temperaturas médias/altas, ventilação e substrato com boa drenagem se estiver em vaso - a minha está montada numa placa de cortiça que mede cerca de 9 x 9 cm e parece contente com a situação. Nesta altura do ano é borrifada uma a duas vezes por dia, e adubada duas vezes por mês.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Phalaenopsis fimbriata










Esta plantinha é uma aquisição recente que chegou em botão - e com mais uma haste em formação, pelos vistos é das simpáticas! A flor não é grande nem muito vistosa, mas o labelo cabeludo compõe a coisa eheh
Descrita em 1921, é originária da Indonésia, de altitudes até aos 450 m. Apresenta bastantes semelhanças com as Phal. modesta e tetraspis, mas algumas características únicas da flor parecem não deixar dúvidas quanto à sua validade como espécie.
Como veio em botão não a mudei, está no vaso de plástico em que veio com casca de pinheiro grossa. Não apanha luz directa, é regada quando o substrato começa a secar e as raízes aéreas são borrifadas diariamente.