terça-feira, abril 29, 2008

Paphiopedilum armeniacum
























Este amarelão espectacular chegou cá a casa em botão - não resisti a comprá-lo, o outro que tenho já há algum tempo nunca mais se decide a florir! e embora tenha crescido bem se calhar nem nunca o fará, os nossos verões quentes não são muito ao gosto dele...

A espécie é originária da China e foi descrita apenas em 1982. É incrível como uma flor que não é propriamente pequena e tem uma cor tão viva passou tanto tempo despercebida! Cresce a cerca de 2.000 m de altitude, em zonas de rocha calcária.

Está como o recebi, num vaso de plástico com fibra de coco. O outro tenho-o num vaso de barro com casca de pinheiro, areão e carvão. O vaso é baixo e largo porque esta espécie, para além de fazer rebentos perto da planta-mãe, também faz estolhos, que surgem por vezes a alguma distância. É um dos que passa os invernos no parapeito da janela, com mais luz e bastante menos água do que nos meses mais quentes.

Embora a flor não seja das maiores, acho-a muito razoável de forma: é quase simétrica, as pétalas e a dorsal são bastante planas, a bolsa muito redondinha e o amarelo mesmo forte. Agora vamos ver se consigo voltar a ver-lhe as cores...










quinta-feira, abril 24, 2008

Phalaenopsis mannii







Descoberta em 1868, descrita em 1871. A sua distribuição vai dos Himalaias indianos até às florestas do Vietname, onde cresce nos ramos baixos protegidos da luz directa. As temperaturas de inverno podem ir a mínimos nocturnos de 7ºC, mas as temperaturas diurnas sobem aos 20ºC. A chuva é também escassa nos meses mais frios. No verão gosta de calor e regas abundantes.

Cultivada em casca de pinheiro média, boa luz indirecta e regas moderadas (é uma das phals que rego menos), principalmente no inverno. Esta plantinha tem-se fartado de fazer raízes, mas desde a floração do ano passado não fez uma única folha... não que me pareça fraca, mas eu queria folhinhas mais bonitas eheh

Phalaenopsis philippinensis








Esta espécie foi descoberta nos anos 60, mas foi incorrectamente identificada como Phalaenopsis x leucorrhoda, um híbrido natural entre a Phal. aphrodite e a Phal. schilleriana. A publicação da descrição da espécie só aconteceu em 1987.

É endémica da Sierra Madre na ilha de Luzon, Filipinas, onde cresce nos ramos mais baixos das árvores, protegida da luz directa pela folhagem das copas. As temperaturas rondam os 15-25ºC o ano inteiro, mas a pluviosidade e a humidade são bastante inferiores no inverno e primavera.

Está junto das phals híbridas, com boa luz indirecta, regas abundantes no verão e reduzidas no inverno e boa circulação de ar. O substrato é apenas casca de pinheiro grossa.

Phalaenopsis Yu Pin Pearl





Novamente em flor, retomou a floração numa inflorescência do ano passado e fez outra nova. Um bom híbrido quanto a mim: vigoroso, com flores grandes, redondinhas e duradouras e duas florações generosas por ano.

sexta-feira, abril 18, 2008

Eria perpusilla





Outra pequena orquídea bastante invulgar, parece que os pseudobolbos foram espalmados! É proveniente da Tailândia, Laos, Vietname e Myanmar, e pode ser terrestre ou epífita.

Não a tenho há muito tempo, chegou cá há poucos meses já sem folhas nos pseudbolbos. Reguei-a moderadamente durante o tempo frio, com cerca de uma hora de sol a meio da tarde e boa luz indirecta o resto do dia.

terça-feira, abril 15, 2008

Jumellea pandurata

















Não há dúvidas que estas orquídeas da subtribo Angraecinae têm uma beleza singular... tanto pela pureza dos seus brancos como pelas formas muito definidas e elegantes. Claro que os esporões compridos lhes dão um toque extra de exotismo e charme também, fazem as flores magrinhas e compridas eheh

Esta plantinha bonita vem de Madagáscar e é epífita ou litófita, sendo encontrada por volta dos 1.200m de altitude. Cá em casa recebe boa luz, geralmente indirecta mas com algum sol directo ocasional, principalmente no inverno. É borrifada diariamente da primavera ao outono, mas à noite as raízes já estão secas. Durante o inverno as regas são reduzidas para uma vez de dois em dois ou três dias.

segunda-feira, abril 14, 2008

Orquídeas do campo

Fui visitar a Primavera eheh, o campo está lindo! todo verdinho e cheio de flores. Claro que também fui à caça das nossas orquídeas... e encontrei bastantes, se bem que apenas de meia dúzia de espécies. Estas lindinhas podem ser vistas (mas não tocadas!) na zona da Serra de Montejunto.

Orchis italica

É para mim uma das nossas orquídeas mais bonitas, principalmente as mais escurinhas. Como todas as espécies nesta zona relativamente alta e exposta a ventos constantes, nota-se uma grande diferença no tamanho e qualidade das flores e plantas consoante crescem em zonas mais ou menos abrigadas.











Orchis anthropophora

Parece-me que esta é uma das espécies mais comuns nesta região centro do país - pelo menos tenho-a encontrado em todos os sítios onde fui procurar orquídeas! e sempre em abundância também.








Ophrys lutea

Outra das minhas espécies preferidas - e o género também. A única Ophrys que encontrei até hoje nesta serra, a crescer em locais de vegetação rasteira.









Barlia robertiana

Estas também se encontram com facilidade nesta região. São as primeiras orquídeas silvestres a aparecer e florir, neste momento já estão quase todas polinizadas e a desenvolver cápsulas. É uma espécie grandita e bastante robusta.











Orchis morio

Muito bonitinha também, só a encontrei num local mas em número razoável. Estavam no meio de ervas altas, por isso os pedúnculos eram maiores. As plantas estavam muito perfeitas, em muito bom estado. Pena que a maioria das fotos não tivesse saído boa por causa do vento...















Orchis mascula

Uma espécie abundante na zona, começa a aparecer com mais frequência à medida que a altitude aumenta. Cresce literalmente no meio das pedras, completamente exposta - mas quando encontram um recanto mais abrigado, as plantas crescem mais e as flores ficam maiores também.
















Neotinea maculata

Nunca tinha visto esta lindinha, e ainda por cima toda branquinha! bem pequenita, a crescer num recanto mais protegido dos ventos.











E para terminar uma beleza que não é orquídea, a rosa-albardeira (Petunia mascula) e claro, o alecrim mesmo aos molhos eheh

sábado, abril 05, 2008

Dendrobium gregulus













Este Dendrobium pequenino cresce nas florestas de folha caduca do norte e oeste da Tailândia, entre os 1.000 m e os 1.250 m de altitude. Os pseudobolbos perdem as folhas quando atingem o tamanho adulto, após o que se sucede a floração.

O clima é marcadamente sazonal, por isso as regas devem ser bastante reduzidas no inverno e os níveis de luz aumentados também. Durante o resto do ano, as plantas precisam de ser regadas diariamente (de manhã, para terem as raízes secas ao fim do dia).

Muito engraçados estes pseudobolbos-cebolinha, e as flores são tão delicadas! mais uma pequena jóia.

terça-feira, abril 01, 2008

Paphiopedilum mastersianum

Oriundo do Bornéu e ilhas adjacentes, onde cresce no solo de florestas de montanha entre os 900 m e os 2.000 m.

É uma planta relativamente grande - tanto as folhas como a flor, só o pedúnculo mede 47 cm! e tem raízes fortes e compridíssimas. Devido ao seu tamanho e, principalmente, ao brilho da flor, foi bastante usada na produção de híbridos complexos.

Cultivo-o com boa luz indirecta no verão e mantenho-o razoavelmente húmido. No inverno, deixo-o ter alguma exposição directa e reduzo substancialmente as regas, que são feitas com água destilada.