sábado, setembro 22, 2007

Bulbophyllum moniliforme

Esta mini-coisinha não está em flor, mas é tão lindinha que não resisti a mostrá-la! Acabou de chegar cá a casa, espero que se dê bem.

É uma das mais pequenas orquídeas conhecidas, segundo algumas opiniões será mesmo a mais pequena de todas (o ponto branco que aparece na foto é um alfinete, dá pra ver como os pseudobolbos são mesmo minúsculos).
A sua área de distribuição é vasta e inclui a Austrália, Índia, Laos, Cambodja, Vietname, Myanmar e Tailândia, onde cresce como epífita ou litófita a cerca de 800 m de altitude.

É mesmo uma gracinha, parece quase um protocormo! um projecto de orquídea. E as flores, embora minúsculas, são de um laranja quase fluorescente. Mal posso esperar por lhes ver as cores eheh

Stereochilus pachyphyllus



















Mais uma identificação confusa, as fotos que aparecem na net mostram duas flores diferentes... Comprei esta plantinha por curiosidade e também porque era pequena, mas ela revelou-se uma agradável surpresa. É mesmo lindinha, tanto a coloração e recorte das folhas como as flores coloridas e originais - e os botões são mesmo engraçados, com o queixo espetado!

O género Stereochilus pertence à tribo Vandeae. Esta espécie, descrita apenas em 2003, é originária do norte da Tailândia. Tenho-a há apenas 5 meses, mas parece ser bastante robusta - a planta não vinha em muito bom estado, mas recuperou rapidamente. Onde está recebe cerca de três horas de sol diárias, é borrifada uma vez por dia no verão (no inverno as regas devem ser ligeiramente reduzidas) e adubada duas vezes por mês.

segunda-feira, setembro 17, 2007

Begonia conchifolia fma. rubrimacula

Endémica de uma pequena área na Costa Rica, onde cresce em troncos de árvores e ravinas íngremes, esta forma da Begonia conchifolia caracteriza-se pelo pontinho vermelho no topo do pecíolo, que contrasta com o verde brilhante das folhas. A espécie tipo foi trazida para a Europa por volta de 1850.

De cultivo fácil, adapta-se a várias condições de luz, podendo até aguentar alguma exposição directa. O substrato é o normal para plantas de interior com algum esfagno à mistura, e é regada quando a superfície está seca. Fácil, sem ocupar muito espaço e extremamente decorativa - são só qualidades!

Begonia bowerae

Esta begónia e os seus muitos híbridos são bastante comuns por cá - concerteza por terem sangue de erva daninha, são dos difíceis de matar eheh

Originária do México, foi descoberta em 1948 no estado de Oaxaca, crescendo entre rochas a uma altitude de cerca de 1220 m. Apesar de ser proveniente de uma área relativamente pequena, apresenta bastante variação na coloração das folhas e flores, e a var. nigramarga, mais escura que a tipo, é também bastante comum no cultivo.

É uma espécie bastante adaptável a variadas condições, e até já ví híbridos dela cultivados no exterior sem grandes problemas. A minha tem boa luz indirecta com um pouco de sol ao fim da tarde, seca entre regas, substrato normal para plantas de interior e adubo sólido (aquelas barrinhas que se enterram no substrato) de dois em dois meses durante o crescimento activo.

domingo, setembro 16, 2007

Phalaenopsis pulcherrima fma. coerulea

















Mais conhecida pelo género anterior de Doritis, passou a Phalaenopsis na última revisão do género feita em 2001. A separação devia-se a diferenças na estrutura floral (principalmente a existência de quatro polínidias, mas afinal essa característica também é partilhada por outras secções do género) e ao hábito terrestre (todas as outras Phalaenopsis são epífitas). A integração vem na sequência de novos dados surgidos de estudos de ADN.

A espécie foi introduzida na Europa em 1874. A sua área de distribuição é extensa, do nordeste da Índia e sul da China, passando pela Indochina até à Malásia, Sumatra e Sabá. É encontrada em solo arenoso ou rocha, próximo do mar, a altitudes entre os 100 m e os 1200 m. A forma cerúlea é proveniente da Tailândia.
De crescimento vigoroso, precisa de uma exposição luminosa mais intensa em relação ao normal para o género (se a luz for insuficiente a planta terá dificuldade em florir - aliás, basta olhar para as folhas quase coriáceas para perceber que ela gosta de um solzinho). Também a rego com alguma parcimónia, deixando-a secar entre regas. O substrato é apenas casca de pinheiro média, mas estou a pensar mudá-la para lava. Adubações ligeiras de duas em duas semanas durante o crescimento, nada no inverno.
As ex-Doritis têm sido usadas extensivamente na criação de híbridos, principalmente devido ao elevado número de flores produzido por haste - esta lindinha o ano passado deu quarenta e oito flores no total, com cerca de meia dúzia abertas ao mesmo tempo, e a haste chegou aos oitenta centímetros!

Acinopetala herradurae













Finalmente tenho uma Masdevallia em flor! e bota flor nisso eheh - se bem que o mérito seja mesmo da plantinha, que é reputada e comprovadamente bastante generosa nas florações.

Segundo a última revisão do género feita em 2006 por Carl A. Luer (baseada em estudos de ADN), esta espécie faz parte de um novo género denominado Acinopetala, mas o registo dos Kew ainda a mantém como Masdevallia. Endémica das florestas húmidas do centro ocidental da Colômbia, de altitudes entre os 500 m e os 800 m (embora tenha sido encontrada numa zona entre os 1400-1800m), deve o seu nome ao local onde foi inicialmente descoberta, o rio Herradura.

Como vem de zonas de menor altitude (ao contrário da maior parte das espécies do género, infelizmente...), suporta sem grandes problemas temperaturas mais altas no verão, desde que o substrato seja mantido constantemente húmido e a humidade não seja inferior a 70%. A minha está num vaso de plástico com uma mistura de fibra de coco e casca de pinheiro fina, num local com luz média (sem sol). Não é concerteza das flores mais vistosas do género, mas eu estou bem contente com ela!

quinta-feira, setembro 06, 2007

Paphiopedilum purpuratum


















Esta foi a 3ª espécie de Paphiopedilum a ser cultivado na Europa - chegou em 1836, depois do venustum e do insigne. É originário da China - é o único paph existente em Hong Kong - e do norte do Vietname, de zonas de monções de verão, húmidas e chuvosas, e de inverno, mais secas e frescas. Cresce próximo de regatos, nas raízes de bambu e tapetes de musgo.

É uma espécie vigorosa e adaptou-se bem ao nosso clima, apesar de ter passado os invernos com temperaturas um pouco acima do recomendado. O substrato é uma mistura de casca de pinheiro, esfagno, carvão, areão e um pouco de substrato para orquídeas com turfa e esferovite. As regas são abundantes no verão; no inverno, as regas diminuem e a luz é aumentada, mas nunca apanha sol directo, apenas boa luminosidade indirecta. É a segunda floração desta planta, e a flor escureceu significativamente - embora espere que para o ano a cor seja ainda mais intensa. Mas está mesmo perfeitinho de forma!

terça-feira, setembro 04, 2007

Phalaenopsis pulchra

Mais uma das minhas phals preferidas - bem, são quase todas minhas preferidas eheh, mas quem consegue resistir à beleza destas plantinhas, não é?...

Em tempos considerada uma variedade da Phal. lueddemanniana, foi classificada como espécie em 1968. É endémica da ilha de Luzon, nas Filipinas, de altitudes superiores a 1.300 m, precisando por isso de temperaturas ligeiramente inferiores ao normal para o género (11º-21ºC na estação húmida, 14º-24ºC na estação seca - ou antes menos húmida...). Quando as temperaturas são demasiado elevadas, as hastes alongam e produzem keikis em vez de flores. Ainda bem que o nosso verão este ano está tímido!

Cultivo-a em vaso de barro (para manter as raízes mais frescas) com esfagno e leca, e mantenho-a húmida no verão, um pouco mais seca no inverno. A luz nesta altura é indirecta, mas no inverno recebe uma hora ou duas de sol.

sábado, setembro 01, 2007

Psychopsis papilio var. alba
















Pois é, estive à espera que estas flores saissem com melhor forma, mas já são as terceiras a abrir em cada haste e continuam na mesma, assimétricas e pouco 'tigradas'... logo esta, que era a minha preferida do género! Em compensação é a mais vigorosa e robusta de todas as Psychopsis que tenho - mais uma excepção à tradicional falta de vigor dos albinos.


Cultivada em vaso de barro com casca de pinheiro (mas tenciono mudá-la para a lava também), de resto trato-a da mesma maneira que a tipo.