segunda-feira, dezembro 31, 2007

Paphiopedilum Harrisianum







Este foi o 1º híbrido artificial de Paphiopedilum a ser registado, em 1869, e resulta do cruzamento do Paph. villosum com o Paph. barbatum.

É uma planta que cresce bastante bem mas que floresce com menos facilidade comigo - já a tenho há muitos anos, sempre foi muito relutante para florir e esteve mesmo uns sete ou oito anos só com folhas. Retomou a floração aqui em casa há 3 anos - o primeiro ano com uma flor, o segundo com duas mas uma abortou ainda no início, e este ano só com uma outra vez - com um vaso cheio de pés!... A flor tem vindo a melhorar substancialmente na forma e no tamanho, em parte por a planta estar mais estabelecida claro, mas penso que também resultou em relação à cor e ao tamanho do pedúnculo (que mede 25 cm, parece curto na foto porque não o tutorei e ele ficou quase na horizontal) o tê-la colocado num canto com menos luz.

Mas mais que pela flor este pra mim vale pela parte vegetativa, que é realmente muito bonita, tanto pela forma e disposição como coloração das folhas, o vaso fica sempre lindo (o cruzamento tem bastante variação nas cores, mas as folhas parecem-me ser bastante constantes e distintivas). E claro, é uma planta que faz parte da história dos paphs, também é engraçado por isso - mesmo que por vezes modestos na flor, acho que estes cruzamentos antigos têm sempre o seu charme, não é?...

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Scaphosepalum merinoi









Bichinho mesmo estranho, não é? e completamente fascinante, estou a adorá-lo e acho que quero mais um ou dois eheh

Oriundo do Equador, de altitudes por volta dos 1400m, é uma plantinha vigorosa - fartou-se de fazer folhas novas e hastes desde que o tenho (há cerca de um ano), mas as flores (sequenciais) só conseguiram vingar agora que a temperatura baixou consideravelmente. Está montado numa plaquinha de feto arbóreo e é regado diariamente, por vezes duas vezes por dia se está muito calor, e onde está não tem luz directa, mas precisa de alguma claridade. Talvez o passe para um vaso de barro com epiweb na primavera, embora tenha crescido bem parece-me que não se importava de ter tido as raízes mais húmidas no verão...

segunda-feira, dezembro 24, 2007

Paphiopedilum x siamense











Híbrido natural entre o Paphiopedilum appletonianum e o Paphiopedilum callosum. Tive sorte com o clone que comprei, tem realmente uma flor muito bonita - mais bonita que a maior parte das fotos que encontro na net. O pedúnculo é bastante alto, passa um pouco dos 30 cm, característica herdada do appletonianum. As folhas são lindas também, de um verde escuro azulado e lustroso, e claramente intermédias entre as dos dois progenitores.

Cultivo-o em substrato normal para paphs, com regas generosas durante o tempo quente e reduzidas no inverno, adubações ligeiras durante o crescimento e boa luz indirecta com aumento da exposição no inverno. Uma planta e flor muito elegantes, gosto mesmo dele.

Paphiopedilum fairrieanum















Finalmente, a primeira flor do meu fairrieanum! Comprei-o há quatro anos, era uma coisinha mesmo pequenina quando chegou cá a casa (aliás, são duas plantas mas a outra sempre foi mais pequenina e ainda não foi este ano que mostrou as cores). É um dos meus paphs preferidos, está pelo menos no Top 5 eheh, adoro estas flores barrocas cheias de folhinhos...

A espécie foi descrita em 1857, mas o seu local de origem era desconhecido. Cerca de 50 anos depois apurou-se que tinha vindo do Butão, na Índia. No início do séc. XX, apenas dois exemplares tinham sobrevivido, e foi oferecida uma soma astronómica a quem descobrisse o local de origem da espécie. Isto despoletou uma corrida entre os caçadores de orquídeas e, infelizmente, levou à destruição de inúmeras colónias da espécie, que hoje está em risco de extinção no habitat...

Embora na natureza as temperaturas sejam frescas, a espécie é bastante tolerante, e cresce bem mesmo com um pouco mais de calor. Eu uso uma mistura com muito boa drenagem (casca de pinheiro fina com carvão, areão e um pouco de esfagno). As regas são abundantes no verão e vão sendo reduzidas conforme a temperatura diminui - neste momento estou a regá-lo de duas em duas semanas, com umas borrifadelas ocasionais no substrato quando me parece demasiado seco. Tem boa luz indirecta, com uma breve exposição directa no inverno, e as adubações são muito ligeiras e apenas durante o crescimento activo.

domingo, dezembro 23, 2007

Specklinia grobyi











Ex-Pleurothallis grobyi. É uma espécie de distribuição alargada, (florestas tropicais desde o nível do mar até aos 3000 m, da Nicarágua até ao Brasil), tendo por isso bastante variação, principalmente quanto à coloração das flores. Gosta de temperaturas intermédias e luminosidade média, mas suporta sem grandes problemas um pouco mais de calor; é no entanto necessário que a humidade seja elevada, e a planta não deve nunca secar completamente.

É muito generosa nas florações, que podem ocorrer em qualquer altura do ano. As flores são pequenas e singelas, mas a profusão de inflorescências numa planta adulta é sempre um espectáculo!

sábado, dezembro 22, 2007

Trichosalpinx chamaelepanthes



Mais uma micro-loucura eheh, esta encontra-se nas florestas da Colômbia, Equador e Peru, a altitudes entre os 750 e os 3600 m. É a segunda floração cá em casa e, apesar de ser preferencialmente de temperaturas intermédias, aguentou o nosso verão sem problemas - até a acho uma plantinha bastante robusta, quase duplicou de tamanho em um ano! Tenho-a num sítio sem luz directa e mantenho-a sempre húmida, com regas diárias no verão e quase diárias nesta altura do ano.

Uma coisinha mesmo linda, tanto pelas flores como pela parte vegetativa - e ainda por cima cresce bem!

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Corybas cf. pictus











Linda!!!!!! e tão pequenina e invulgar, não é? nem se diria que é uma orquídea eheh

Foi comprada como Corybas nervosus, mas o táxon não existe. Segundo o vendedor, que a terá comprado a um produtor indonésio, é mesmo a pictus - e pelas fotos que encontro concordo com ele, tanto as folhas como a flor me parecem iguais.

Ao contrário das Corybas australianas, que gostam de fresco, as espécies do género que vêm da Indonésia apreciam temperaturas mais elevadas, e maior luminosidade também. Eu copiei esta técnica de cultivo, e pelos vistos está a dar resultado (pelo menos para já... vamos ver se continua assim!). Depois da flor secar vou retirar a cobertura do vaso e deixar o substrato ligeiramente menos húmido. As folhas deverão secar em seguida, mas se tudo correr bem daqui a três ou quatro meses os tubérculos voltarão a fazer folhas e flores, o período de dormência não é muito longo nem sazonal. A ver se para o ano arranjo mais uma destas, fiquei fã eheh

Dendrobium equitans




Originário das Ilhas Batan nas Filipinas e da vizinha Ilha das Orquídeas, que pertence à China, esta espécie é encontrada a cerca de 600 m de altitude, crescendo em arbustos nas ravinas das florestas, com alguma exposição luminosa. A precipitação é elevada durante o ano inteiro, e as temperaturas também, baixando apenas ligeiramente no inverno.

As flores são pequenas e duram pouco tempo, não mais que quatro ou cinco dias, mas em contrapartida podem ocorrer em qualquer altura do ano. Também é suposto serem perfumadas, mas não consegui detectar nenhum odor nas minhas. A parte vegetativa é bastante engraçada, pois embora as folhas sejam teretes e o caule bastante fininho, a base dos pseudobolbos é mais larga (parece que têm uma barriguinha eheh).

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Mediocalcar decoratum


Esta pequenita invulgar (que mais parece uma suculenta...) é originária da Nova Guiné, de florestas de montanha entre os 900 e os 2500 m. Cresce em locais frescos, húmidos e sombrios, e é uma espécie comum na região.

A minha está cá há pouco mais de um mês, por isso quando chegou as temperaturas já estavam suficientemente frescas para que ela se adaptasse facilmente e conseguisse florir - as flores são muito engraçadas, parecem mini-romãs). Está ainda como veio, num vaso de plástico com uma mistura que retém bastante água (casca de pinheiro fina, musgo e esponja), mas tenciono mudá-la para um vaso de barro largo e baixo (o barro ajuda a manter as raízes mais frescas por ser poroso e facilitar a evaporação da água, e como a plantinha é tipo trepadeira vai gostar do vaso largo, assim fica com bastante espaço para se esticar) e usar uma mistura de musgo com epiweb. No verão tenciono mantê-la no terrário, vamos ver como é que ela se aguenta com as temperaturas mais altas... para já tenho-a sempre húmida e num sítio sem luz directa.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Paphiopedilum parnatanum


É a segunda floração desta plantinha e, embora a flor já fosse bonita o ano passado, acho que este ano ainda está maior e mais simétrica (como seria de esperar, a planta tem mais rebentos e raízes, já pode investir mais na flor. Segundo opinião generalizada, só a partir da terceira floração se consegue ver o verdadeiro potencial das flores dos Paphiopedilum).

Este paph foi descrito apenas em 1998 como originário de Tarlac, ilha de Luzon, nas Filipinas, mas há bastante controvérsia sobre a sua 'autenticidade' como espécie. A história é a seguinte: ele foi descoberto por um sujeito de nome Usita, que enviou um exemplar para a Europa para que fosse publicada a sua descrição com o nome de Paphiopedilum usitanum. Outros exemplares foram vendidos a um produtor filipino muito famoso de nome Parnata, que tem a duvidosa reputação de 'plantar' híbridos na selva e depois tentar fazê-los passar por espécies novas. O sr. Parnata, por sua vez, também enviou um dos exemplares que comprou para publicação, claro que com o desejo de que fosse o seu nome o usado. As publicações foram quase simultâneas, mas parece que parnatanum antecedeu usitanum por uns dias. Enfim, a ser um híbrido artificial (na zona não se encontram mais nenhumas espécies de paphs, por isso não é provável que seja um híbrido natural) seria um cruzamento que envolveria o Paph. sukhakulii ou o Paph. wardii.


Híbrido ou espécie, eu acho-o muito lindinho! muito frágil e luminoso, e a flor é bastante grande em relação ao tamanho da planta. É uma plantinha vigorosa, não exige nenhuns cuidados especiais: boa luz indirecta, seca entre regas (água calcária), adubo pouquinho de vez em quando e está feito!

sábado, novembro 10, 2007

Caras pálidas

Da esquerda para a direita: appletonianum var. aureum, callosum var. sublaeve fma. album e sukhakulii fma. aureum.

Malaxis lowii


Endémica do Bornéu, esta pequena orquídea terrestre cresce em solos pantanosos ou ricos em matéria orgânica, em locais pouco iluminados. As flores são insignificantes e mais curiosas que bonitas, mas as folhas platinadas compensam concerteza a modéstia da inflorescência.
Cultivo-a como veio, em esfagno num vaso de plástico, e mantenho-a bastante húmida no verão - um pouco mais seca no inverno -, protegida da luz directa.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Ceratochilus biglandulosus





As flores desta orquídea são bastante grandes em comparação com o tamanho da planta, que é mesmo pequenita. Adoro a translucidez das flores, e principalmente o contraste com o labelo, que é mesmo pretinho.

O género é monotípico e pertence à tribo Vandeae. É uma epífita originária das florestas tropicais de montanha (entre os 1000 m e os 2000 m) de Java e Sumatra, e aprecia verões quentes e invernos mais frescos, mas é bastante adaptável no que respeita as temperaturas. Parece que é muito económica nas raízes (é uma aquisição recente, mas realmente não vejo muitas), pelo que precisa de humidade elevada e regas regulares o ano inteiro. Onde está recebe boa luz indirecta, agora nesta altura apanha talvez uma hora de sol a meio da tarde.

sexta-feira, novembro 02, 2007

Dryadella simula

Esta plantinha está a surpreender-me, era suposto gostar de ter os pés frios mas pelos vistos até nem tanto assim: é a segunda floração consecutiva, e está a fazer rebentos novos também! Esperemos que não seja o canto do cisne...

Esta espécie é encontrada na Colômbia, Equador e Peru, em florestas tropicais entre 2000-2200 m de altitude, onde cresce à sombra nos ramos das árvores. No habitat, passa por uma estação seca pronunciada no verão e outono, sendo o resto do ano bastante húmido.

É regada diariamente e neste momento tem alguma exposição solar directa, cerca de uma hora ao fim da tarde. Espero que continue a dar-se bem, gosto muito destas masdevalias liliputianas eheh

terça-feira, outubro 30, 2007

Paphiopedilum sukhakulii fma. aureum









Esta é a forma albina da espécie, chegou em botão por isso apresenta alguns danos ligeiros na flor. Mesmo assim recuperou bem do choque, a flor é bastante grande e muito linda. Há-se sair mais perfeitinho para o ano (se ele gostar de estar por cá...), mas na verdade não há lugar para grandes melhoramentos, não se pode pedir muito mais eheh