É a segunda floração desta plantinha e, embora a flor já fosse bonita o ano passado, acho que este ano ainda está maior e mais simétrica (como seria de esperar, a planta tem mais rebentos e raízes, já pode investir mais na flor. Segundo opinião generalizada, só a partir da terceira floração se consegue ver o verdadeiro potencial das flores dos Paphiopedilum).
Este paph foi descrito apenas em 1998 como originário de Tarlac, ilha de Luzon, nas Filipinas, mas há bastante controvérsia sobre a sua 'autenticidade' como espécie. A história é a seguinte: ele foi descoberto por um sujeito de nome Usita, que enviou um exemplar para a Europa para que fosse publicada a sua descrição com o nome de Paphiopedilum usitanum. Outros exemplares foram vendidos a um produtor filipino muito famoso de nome Parnata, que tem a duvidosa reputação de 'plantar' híbridos na selva e depois tentar fazê-los passar por espécies novas. O sr. Parnata, por sua vez, também enviou um dos exemplares que comprou para publicação, claro que com o desejo de que fosse o seu nome o usado. As publicações foram quase simultâneas, mas parece que parnatanum antecedeu usitanum por uns dias. Enfim, a ser um híbrido artificial (na zona não se encontram mais nenhumas espécies de paphs, por isso não é provável que seja um híbrido natural) seria um cruzamento que envolveria o Paph. sukhakulii ou o Paph. wardii.
Híbrido ou espécie, eu acho-o muito lindinho! muito frágil e luminoso, e a flor é bastante grande em relação ao tamanho da planta. É uma plantinha vigorosa, não exige nenhuns cuidados especiais: boa luz indirecta, seca entre regas (água calcária), adubo pouquinho de vez em quando e está feito!