quarta-feira, novembro 28, 2007

Paphiopedilum parnatanum


É a segunda floração desta plantinha e, embora a flor já fosse bonita o ano passado, acho que este ano ainda está maior e mais simétrica (como seria de esperar, a planta tem mais rebentos e raízes, já pode investir mais na flor. Segundo opinião generalizada, só a partir da terceira floração se consegue ver o verdadeiro potencial das flores dos Paphiopedilum).

Este paph foi descrito apenas em 1998 como originário de Tarlac, ilha de Luzon, nas Filipinas, mas há bastante controvérsia sobre a sua 'autenticidade' como espécie. A história é a seguinte: ele foi descoberto por um sujeito de nome Usita, que enviou um exemplar para a Europa para que fosse publicada a sua descrição com o nome de Paphiopedilum usitanum. Outros exemplares foram vendidos a um produtor filipino muito famoso de nome Parnata, que tem a duvidosa reputação de 'plantar' híbridos na selva e depois tentar fazê-los passar por espécies novas. O sr. Parnata, por sua vez, também enviou um dos exemplares que comprou para publicação, claro que com o desejo de que fosse o seu nome o usado. As publicações foram quase simultâneas, mas parece que parnatanum antecedeu usitanum por uns dias. Enfim, a ser um híbrido artificial (na zona não se encontram mais nenhumas espécies de paphs, por isso não é provável que seja um híbrido natural) seria um cruzamento que envolveria o Paph. sukhakulii ou o Paph. wardii.


Híbrido ou espécie, eu acho-o muito lindinho! muito frágil e luminoso, e a flor é bastante grande em relação ao tamanho da planta. É uma plantinha vigorosa, não exige nenhuns cuidados especiais: boa luz indirecta, seca entre regas (água calcária), adubo pouquinho de vez em quando e está feito!

sábado, novembro 10, 2007

Caras pálidas

Da esquerda para a direita: appletonianum var. aureum, callosum var. sublaeve fma. album e sukhakulii fma. aureum.

Malaxis lowii


Endémica do Bornéu, esta pequena orquídea terrestre cresce em solos pantanosos ou ricos em matéria orgânica, em locais pouco iluminados. As flores são insignificantes e mais curiosas que bonitas, mas as folhas platinadas compensam concerteza a modéstia da inflorescência.
Cultivo-a como veio, em esfagno num vaso de plástico, e mantenho-a bastante húmida no verão - um pouco mais seca no inverno -, protegida da luz directa.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Ceratochilus biglandulosus





As flores desta orquídea são bastante grandes em comparação com o tamanho da planta, que é mesmo pequenita. Adoro a translucidez das flores, e principalmente o contraste com o labelo, que é mesmo pretinho.

O género é monotípico e pertence à tribo Vandeae. É uma epífita originária das florestas tropicais de montanha (entre os 1000 m e os 2000 m) de Java e Sumatra, e aprecia verões quentes e invernos mais frescos, mas é bastante adaptável no que respeita as temperaturas. Parece que é muito económica nas raízes (é uma aquisição recente, mas realmente não vejo muitas), pelo que precisa de humidade elevada e regas regulares o ano inteiro. Onde está recebe boa luz indirecta, agora nesta altura apanha talvez uma hora de sol a meio da tarde.

sexta-feira, novembro 02, 2007

Dryadella simula

Esta plantinha está a surpreender-me, era suposto gostar de ter os pés frios mas pelos vistos até nem tanto assim: é a segunda floração consecutiva, e está a fazer rebentos novos também! Esperemos que não seja o canto do cisne...

Esta espécie é encontrada na Colômbia, Equador e Peru, em florestas tropicais entre 2000-2200 m de altitude, onde cresce à sombra nos ramos das árvores. No habitat, passa por uma estação seca pronunciada no verão e outono, sendo o resto do ano bastante húmido.

É regada diariamente e neste momento tem alguma exposição solar directa, cerca de uma hora ao fim da tarde. Espero que continue a dar-se bem, gosto muito destas masdevalias liliputianas eheh